O Ministério Público de Pernambuco (MPPE) propôs ação
civil pública com pedido de liminar e antecipatória de tutela para que a
Prefeitura de Belo Jardim pague os salários atrasados dos servidores
municipais. Além disso, o MPPE solicitou a proibição de gastos com festividades
realizadas, com contratação de estrutura e atrações artísticas, até a
regularização dos salários, assim como, multa ao município e ao gestor e,
subsidiariamente, o bloqueio de FPM, Fundeb e demais numerários recebidos pelo
município.
Segundo o relato do promotor de Justiça de Daniel de
Ataíde Martins, Belo Jardim encontra-se em dívida com grande parte dos
servidores efetivos, contratados e terceirizados, cujos salários não estão
sendo pagos ou são creditados com excessivo atraso, superando, em muito, o
quinto dia útil subsequente ao mês de trabalho.
“Os atrasos prejudicam as atividades de diversas
categorias de servidores, desde conselheiros tutelares até servidores
terceirizados, como motoristas de diversas Secretarias como de Ação Social e
Saúde. A situação vem causando prejuízo à continuidade dos serviços públicos
prestados, haja vista que a falta de motivação dos servidores tem levado a
suspensão total ou parcial dos serviços públicos, como ocorreu, de forma
recente, com o Conselho Tutelar”, descreveu o promotor de Justiça.
Segundo o MPPE, foi expedida recomendação pelo MPPE ao
prefeito Francisco Hélio Melo dos Santos, e à secretária de Saúde municipal,
Maria Cristina Pereira da Silva, para que regularizassem os pagamentos e os
considerassem como prioridade o depósito dos salários até o quinto dia útil do
mês subsequente ao trabalhado, dos servidores públicos da Saúde das demais
secretarias municipais. No entanto, a recomendação não surtiu efeito nas ações
da Prefeitura.
“Belo Jardim pretende promover festividade de rua
conhecida como Jardim Cultural, nos dias 21, 22, e 23 de dezembro, tendo até
firmado Termo de Ajustamento de Conduta com o Ministério Público no último dia
26 de novembro de 2018. Embora não tenha divulgado atrações artísticas, deve
contar com artistas de renome regional e nacional, o que revela desdém do
município com as contas públicas e com seus servidores”, alegou o promotor de
Justiça Daniel de Ataíde Martins.
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