Após assembleias realizadas no Recife, Caruaru e Petrolina, os funcionários da Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa) decidiram entrar em greve por tempo indeterminado.
A paralisação começa na próxima segunda-feira (13), com a suspensão das atividades nas unidades operacionais e a entrega dos cargos gerenciais. Também estão previstas mobilizações em frente à sede administrativa da empresa, no bairro de Santo Amaro, no Recife, e nas gerências regionais do interior do estado.
Segundo o Sindicato dos Urbanitários de Pernambuco (Sindurb-PE), a decisão reforça a união da categoria "em defesa do respeito, da valorização profissional e de um Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) justo". Os trabalhadores rejeitaram as duas propostas apresentadas pela Compesa, alegando insatisfação com a falta de avanços nas negociações.
Entre as principais reivindicações estão a reposição integral do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), ganho real de 3% nos salários e estabilidade no emprego durante os 35 anos da concessão parcial dos serviços.
O diretor financeiro e ex-presidente do Sindurb-PE, José Barbosa Filho, afirmou que o maior temor da categoria é a concessão parcial do abastecimento de água e do esgotamento sanitário à iniciativa privada, com leilão previsto para o fim do ano. Ele também destacou que a empresa propôs um acordo de dois anos garantindo apenas a reposição inflacionária, sem reajuste real.
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