Não é um debate infantil sobre o tamanho das concepções e ações da situação ou oposição, como blocos que buscam o poder, mas sobre o modus operandi da política brasileira, independente de posições ideológicas. Eleições terminam, prefeitos são eleitos, governantes são trocados, partidos diferentes assumem, mas a prática é sempre a mesma: uso da Administração Pública para beneficiar familiares e compadres; distribuição de cargos e verbas do erário para buscar apoios para eleição de outubro; além do autoritarismo na condução da administração. Exemplos não faltam.
Recentemente, estamos vendo muitos trocarem de lado, com a lógica de que se deve sim, se puder beneficiar os familiares, numa clara violação aos ditames da moral administrativa. O nepotismo, disfarçado juridicamente de cargo político, tornou-se uma prática comum nas engrenagens dos municípios, possibilitando que governantes nomeiem esposas e filhos para cargos públicos nos municípios.
Nas últimas semanas, o toma lá dá cá ficou mais visível nas cidades. Para conseguir apoios, os governantes tem que empregar famílias tradicionais para ampliarem suas bases eleitorais. O desvio de conduta ética não é em todas as cidades.
Tudo isso me faz lembrar a música do cantor Cazuza quando diz: “Eu vejo o futuro repetir o passado/Eu vejo um museu de grandes novidades.” Pois bem, a velha política continua bem viva e com feição ainda mais autoritária.
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