Operação Gênesis, deflagrada em Pernambuco nesta
quinta-feira (14), não restringirá as investigações a fraudes de até R$ 18
milhões em licitações na Prefeitura de Quipapá, na Zona da Mata Sul. O
procurador-geral de Justiça do estado, Francisco Dirceu Barros, afirmou que em
outras cidades onde foram cumpridos mandados de busca serão apurados indícios
do esquema. Uma das metas é identificar a participação de empresas privadas em
crimes contra os cofres públicos.
Durante a manhã desta quinta, representantes do
Ministério Público de Pernambuco (MPPE), Controladoria Geral da União,
Ministério da Transparência e Polícia Civil cumpriram 15 mandados em Quipapá,
no Recife, além de quatro cidades do Agreste: Caruaru, Garanhuns, Correntes e
Terezinha. A Gênesis começou há dois meses, segundo Barros.
“Estamos no começo das investigações, e, por isso, o nome
dela é Gênesis. Não significa que em todas essas cidades existem problemas nas
prefeituras. A questão é saber a participação das empresas particulares, que
colaboram com a corrupção. É uma via dupla”, afirmou Barros.
De acordo com o procurador-geral de Justiça, está sendo
investigados crimes de peculato, lavagem de dinheiro e evasão de divisas. “Com
o passar do tempo das investigações, poderemos ter prisões e até a retirada de
agentes públicos dos cargos”, comentou.
De acordo com dados preliminares, do total de recursos
desviados R$ 3,5 milhões teriam sido repassados pelo governo federal. Segundo
informações da Polícia Civil de Pernambuco, empresas atuavam de forma
coordenada com os agentes públicos para direcionar as licitações. Assim,
asseguravam assinaturas de contratos com firmas fantasmas.
De acordo com o Ministério da Transparência e a
Controladoria Geral da União, as investigações tiveram como foco contratos para
a oferta de alimentação escolar aos estudantes matriculados em todas as etapas
e modalidades da educação básica. Foram alvo do esquema a rede pública e entidades
qualificadas como filantrópicas. Os detalhes da ação serão apresentados na
manhã da sexta-feira (15), na sede do Ministério Público, no Centro do Recife.
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