O ministro da Educação, Mendonça Filho, participou na
manhã desta sexta-feira, 17, de um debate com alunos do Colégio Adventista de
Caruaru. Na oportunidade, os jovens tiveram a chance de abrir um diálogo sobre
o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) e suas mudanças, o novo Ensino Médio e
o novo Programa de Financiamento Estudantil (Fies).
Questionado sobre o Enem, Mendonça Filho reforçou que a
medida que se aprove a Base Nacional Comum Curricular (BNCC), que é a definição
dos grandes objetivos de aprendizagem para o ensino médio brasileiro, o exame
tenderá a retratar a essência dessa base. “A tendência é que a gente tenha um
Enem refletindo cada vez mais os objetivos de aprendizagem que estarão
presentes nos currículos definidos pelos Estados e pelas redes estaduais de
educação de nível médio”, explicou o ministro. “Acredito que uma tendência para
o Enem é que ele possa virar, em um médio prazo, um exame aplicado por meio de
equipamento eletrônico, tipo Ipad ou computador. Isso vai facilitar, inclusive,
que se tenha mais de um Enem por ano, desde que você tenha um banco de itens e
de questões”.
Mendonça Filho também recebeu perguntas dos estudantes
sobre a reforma do ensino médio. “O princípio e a lógica que colocou o Brasil
na direção do novo ensino médio foi o mesmo que levou os EUA, o Canadá e países
como Portugal, Espanha, França e Inglaterra, na Europa, a fazer o mesmo”,
afirmou o ministro. “É preciso valorizar mais flexibilidade e as vontades e
talentos individuais de cada jovem dentro do nosso país”.
Novo Fies – Outro ponto abordado pelos alunos da Escola
Adventista de Caruaru com Mendonça Filho foi o novo Fies. O ministro lembrou
que
o modelo antigo produziu um rombo de R$ 32 bilhões e que
precisava de mudanças para que se continuasse financiando estudantes de cursos
superiores em universidades particulares. “O Fies acumulou, ao longo dos
últimos anos, quase 50% de inadimplência”, reforçou Mendonça Filho.
As mudanças que estão sendo propostas vão assegurar, a
partir de 2018, três fundos. O primeiro para atendimento de 100 mil alunos com
taxa de juro zero para aqueles com renda per capita familiar de três salários
mínimos. “Aqueles com renda familiar de até cinco salários mínimos terão uma
taxa de juros de 3 a 3,5%, quase a metade do Fies antigo, garantindo mais 150,
200 mil vagas e criando um terceiro fies, de operação privada, pelos bancos
privados, para atender uma faixa de renda superior aos cinco salários mínimos”,
finalizou Mendonça Filho.
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