De acordo com o portal Congresso em Foco, Sérgio Moro deve analisar a cópia de um vídeo que mostra uma reunião realizada em 2009 pelo parlamentar com o ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto da Costa e o lobista Fernando Soares Baiano, apontado como operador do PMDB no esquema de corrupção da estatal. O compartilhamento do vídeo sob a guarda do STF foi solicitado há uma semana a Teori pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot.
Ainda segundo o portal, também estavam presentes à reunião gravada em vídeo executivos da Queiroz Galvão e da Galvão Engenharia. As duas empresas estão sob investigação na Lava jato por envolvimento na rede de propina e fraudes em contratos com a Petrobras. Ainda estava presente o ex-deputado pernambucano já falecido Sérgio Guerra, ex-presidente do PSDB e depois parlamentar do PSB.
Sérgio Moro deve confrontar o conteúdo das conversas com a delação premiada de Fernando Baiano, preso em novembro de 2014 e hoje em detenção domiciliar em razão de sua colaboração com a Justiça. Ele é apontado como o intermediário no recebimento de propinas destinadas ao PMDB e pagas por empreiteiras contratadas pela Petrobras, mas o vídeo revela que outros partidos também eram beneficiários do dinheiro ilegal.
Nos depoimentos negociados com o Ministério Público Federal, a PF e o magistrado, o lobista cita o presidente afastado da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), e o presidente do Congresso, Renan Calheiros (PMDB-AL), que teriam recebido propina por intermédio do lobista Jorge Luz. Baiano também citou o senador Jáder Barbalho (PMDB-PA) como beneficiário da propina, além do senador cassado Delcídio do Amaral e o ex-ministro de Minas e Energia do governo Lula, Silas Rondeau.
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