Diante de um cenário de crise por conta de
índices de violência no Agreste, a Secretaria da Segurança pouco se pronuncia.
A postura dá margem a desconfianças e aumento da sensação de insegurança
Mês a mês, a barra estatística da criminalidade
no Agreste aumenta. Mais assaltos, mais roubos, mais gente morta. O Estado vive
uma violência sem precedentes. E amarga um silêncio das autoridades
responsáveis pela segurança considerado intrigante por entidades
representativas de policiais civis e militares, estudiosos, Ministério Público,
imprensa e sociedade civil.
Há quem avalie essa postura como estratégica.
“E, ao mesmo tempo, uma falha gritante. Compreendo como uma decisão para tentar
não manchar a imagem do Governador que pegou o Estado quebrado e não pode falar
do seu antecessor. O silêncio mostra que há algo errado. A questão é que o
Governo não admite ter errado no modelo escolhido e fica procurando causas que
justifiquem a criminalidade”.
Um sinal de retrocesso para esse governo
blindado pela imprensa. “Na área da segurança, esse governo mudou radicalmente
para pior. O governo está blindado e com um projeto que não dialoga. Todas as
atribuições estão nas mãos de um secretário e um comandante de Polícia
dessintonizados com uma política cidadã adequada à perspectiva democrática
assumida em estados campeões de criminalidade e que, pela mudança de eixo,
reduziram os índices. Aqui, vemos o alijamento da sociedade e a blindagem do
governo. Temos um governo que não admite críticas e uma Polícia que não faz
autocrítica. Estamos vendo a falência do sistema de segurança.”
Também há queixas quanto à divulgação dos
indicadores criminais, obrigação prevista na Lei Federal nº 12.527 (a chamada
Lei de Acesso à Informação). Até ontem, 6, por exemplo, tinham sido assaltados
e quando a reportagem chega, não passam mais informações. O POVO liga
para Rádio e denúncias várias vezes a recorrência dessa insegurança. “O
silêncio é falta de respeito! Significa prepotência. Se calam para o problema
sumir. Mas o problema não some. Ele só aumenta. É uma estratégia burra. Esse
silêncio me deixa é mais insegura. A gente tem o direito de ir e vir; e eles o
dever de patrocinar uma segurança eficiente. O Governo tem que tomar a
responsabilidade para si. Mas há quase uma omissão conivente com a violência.
Virar a cara para o caos é absurdo”, critica um morador que chegou e a
delegacia estava fechada para presta uma queixa “Agreste Apavorado”, meu ponto
de vista.
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