Bonito/PE atravessa um preocupante cenário de retrocessos na valorização dos profissionais da educação. A retirada de direitos vem acontecendo de forma contínua, atingindo primeiro os professores e agora os agentes administrativos educacionais.
A tabela de progressão dos professores, criada em 2009 com o Fundeb, começou com 14% na progressão horizontal e 2% na vertical. Posteriormente, esses percentuais foram reduzidos para 7% na horizontal e 1,5% na vertical. Em 2018, nova redução derrubou a progressão horizontal de 7% para 5%, mantendo a vertical em 1,5%. E este ano o Poder Executivo promoveu mais um corte, reduzindo a progressão horizontal de 5% para 3% e a vertical de 1,5% para apenas 1%.
Ou seja, os professores vêm sofrendo sucessivos ataques à sua carreira ao longo dos anos — E AGORA A MEDIDA SE ESTENDE PARA OUTRA CATEGORIA ESSENCIAL DA EDUCAÇÃO MUNICIPAL.
O Projeto de Lei nº 18/2025, aprovado em primeira votação, também reduz a progressão horizontal dos AGENTES ADMINISTRATIVOS EDUCACIONAIS, caindo de 10% para 7%. Na prática, quem se qualifica e investe em formação terá menos retorno financeiro ao longo da vida funcional. EM VEZ DE INCENTIVAR O ESTUDO E APRIMORAMENTO, A PREFEITURA ESCOLHEU PUNIR O MÉRITO.
O vereador Paulinho de Devá apresentou uma emenda propondo manter o percentual de 10%, como já estava garantido em lei desde 2018. Porém, os vereadores da base governista rejeitaram a proposta, votaram contra os servidores e preferiram apoiar integralmente o projeto do Executivo, mesmo sabendo do prejuízo que ele representa para a categoria.
É INACEITÁVEL que se fale em valorização da educação apenas no discurso, enquanto NA PRÁTICA SE REDUZEM DIREITOS E SE DESMOTIVAM AQUELES QUE SUSTENTAM O FUNCIONAMENTO DAS ESCOLAS. Quando se retira progressão salarial de professores e agentes administrativos, o recado é claro: A GESTÃO QUER ECONOMIZAR ÀS CUSTAS DE QUEM MAIS TRABALHA E MENOS GANHA.
A população precisa observar atentamente quem defende os trabalhadores da educação e quem apenas obedece ao Executivo. Porque votar contra a progressão de carreira é votar contra a própria educação de Bonito.
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