Desdobramento da Operação Casa de Papel, a Operação Coffee Break, de hoje, apura o envolvimento de um servidor comissionado da Alepe, João Pedro Ferreira Belo Dalmas, membro da comissão de pregoeiros e lotado no Superintendência de Planejamento e Gestão (SUPLAG), setor responsável pelos pagamentos da Casa. Ele teria pedido propina para favorecer as empresas para serem contratadas nas dispensas de licitação.
Esse servidor comissionado e o líder da organização criminosa, segundo a Polícia Federal, é Sebastião Figueiroa Siqueira, estão sendo indiciados pelos crimes de corrupção, advocacia administrativa e dispensa indevida de licitação.
Em coletiva de imprensa, a PF detalhou os “fortes vínculos” entre a organização criminosa e a Alepe. Sebastião teria vários familiares exercendo cargos comissionados em gabinetes dos deputados estaduais, sendo sobrinhos e cunhado, além da sua própria companheira.
Três deles estão lotados no gabinete de Wanderson Florêncio (PSC), um no de Roberta Arraes (PP) e outro no de Joel da Harpa (PP). Porém, a PF não apontou envolvimento de nenhum parlamentar com o caso.
“Por fim, ao analisarmos o celular do Sebastião Figueroa, constatamos diversos diálogos entre eles e funcionários da Assembleia. Dentre esses funcionários chamou a atenção da gente dois funcionários especificamente que demonstraram ter uma certa intimidade com a pessoa que se atribui ser o líder da organização criminosa e esses servidores, que atuavam na área de contratos”, disse a delegada Andrea Pinho há pouco na sede da Polícia Federal em Pernambuco.
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