terça-feira, 8 de janeiro de 2019

Polícia Federal indicia prefeito e 22 vereadores por corrupção e organização criminosa

A Polícia Federal (PF) em São Paulo indiciou o prefeito afastado de Mauá , Atíla Jacomussi (PSB), o ex-secretário de governo da cidade, João Eduardo Gaspar, e 22 dos 23 vereadores do município pelos crimes de corrupção e organização criminosa. O prefeito afastado e o ex-secretário negam as acusações.
Atíla e o ex-secretário haviam sido presos em dezembro pela Operação Trato Feito da PF e a cidade ficou sob o comando da vice-prefeita Sheila Damo. O prefeito afastado e o secretário de governo são acusados de receber propina de nove empresas em contratos destinados ao fornecimento de merenda, uniformes e material escolar para os estudantes da cidade da Grande São Paulo.
Dos 23 vereadores da cidade, 22 foram indiciados pelos crimes de corrupção passiva e integrar organização criminosa.Investigadores descobriram planilhas que indicariam que a propina era paga a parlamentares de Avante, DC, DEM, PDT, PEN, PPS, PR, PRB, PROS, PRP, PSB, PSDB, PTB e SD.
Em dezembro, a PF chegou a pedir o afastamento dos 22 vereadores da cidade, mas o Tribunal Regional Federal da 3ª Região (TRF-3) concordou apenas com os mandados de busca, já que a retirada dos políticos de seus cargos poderia acarretar uma "completa situação de ingovernabilidade do município”.
Apenas o vereador Marcelo Oliveira (PT) não foi citado na investigação. Em maio, ele foi o único parlamentar da cidade a votar a favor do impeachment de Jacomussi.
Os políticos de Mauá começaram a ser investigados em maio. De acordo com documentos encontrados na casa de Gaspar pelos investigadores, de 10% a 20% do valor dos contratos de nove empresas com a prefeitura eram distribuídos como propina. O prefeito receberia uma mesada.


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