segunda-feira, 17 de dezembro de 2018

Em crise, um terço dos municípios deve fechar o ano com contas no vermelho

Um terço das cidades brasileiras vai terminar o ano com as contas no vermelho. Em crise financeira, prefeituras enfrentam dificuldades para pagar fornecedores e até mesmo para quitar folhas de pagamento de dezembro e o 13º salário de servidores. Esse levantamento foi produzido pela Confederação Nacional dos Municípios (CNM).

Seis milhões de funcionários municipais receberiam R$ 22,8 bilhões com o 13º salário, neste fim de ano. Cerca de 8% das prefeituras que optaram por pagar a gratificação em parcela única, entretanto, já admitem que vão atrasar o repasse. São 186 cidades. Outras 190 (9%), que parcelaram o pagamento, dizem que não terão recursos para o depósito. 

A lei determina que o pagamento da segunda parcela do 13º salário seja repassada até o dia 20 de dezembro. Para levantamento, a CNM ouviu 4.559 dos 5.570 municípios brasileiros. Ao todo, aproximadamente 16% dos prefeitos já sabem que não poderão pagar em dia os salários de dezembro. E metade das cidades têm dívidas com fornecedores.

Em Altinho e Palmares na Mata Sul os problemas não são diferente dos outros municípios a prefeitura de Palmares tem uma divida com precatórios que desconta cerca de 450 mil reais mensal o que levou ao prefeito fazer grandes cortes em folhas de pagamento e redução de salários de secretários e cancelamento com diversos fornecedores.Na ultima semana a prefeitura efetuou o pagamento do mês de outubro. 

Essas são só algumas das consequências da grave situação financeira dos municípios do Brasil. “A situação é mais complicada do que os dados apresentam. Não quer dizer que quem paga em dia não está em dificuldades”, afirma o presidente da CNM, Glademir Aroldi. No total, 1.444 cidades admitem dificuldades para equilibrar as contas este ano.

Segundo Aroldi, os prefeitos estão cortando despesas de custeio, reduzindo o número de funcionários e cargos comissionados, além de enxugar a frota e mudar o horário de expediente. “Mesmo assim, não estamos dando conta”, diz. Para ele, o governo federal delegou muitas atribuições a cidades sem aumentar o repasse de verbas para as prefeituras.

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