Guilherme tinha a política como um verdadeiro sacerdócio, exerceu o poder com maestria, sendo truculento e amável, conforme necessitasse a ocasião. Vários ex-deputados neste período de quase doze anos foram abrigados por ele na estrutura da Casa. Sempre que um colega ficava sem mandato, lá estava Guilherme para dar-lhe a mão, atitude escassa no meio político, uma vez que a atividade geralmente descarta quem não tem mais mandato.
Com os prefeitos não era diferente: que atire a primeira pedra aquele ou aquela que, nos inevitáveis momentos de aperto (não importando a natureza do “aperto”), procurou abrigo sob o manto seguro do Presidente Guilherme Uchôa e não foi atendido! O velho “Caudilho” se orgulhava de nunca ter abandonado um amigo que o procurasse em busca de conselhos ou de um porto seguro!
Comenta-se nas rodas e meios políticos que “o amigo dos amigos” costumava dizer: “Os meus amigos eu os defendo dentro e fora da Lei”.
Guilherme Uchôa atendia a todos que o procurava sem fazer acepção em razão de posicionamento político. Dessa forma, todos se sentiam contemplados, passando a ter para com ele um débito de gratidão. Foi assim que o deputado que nunca pode realizar o sonho de ser prefeito da sua cidade de Igarassu, conseguiu expandir a sua inconteste influência política dentro e fora da Alepe!
Os prefeitos agrestinenses (principalmente), estão doravante, órfãos de um grande amigo e defensor dos interesses da região. Fica, porém, a pergunta que não cala: GUILHERME UCHÔA SE FOI... QUEM SE HABILITARÁ A OCUPAR ESSE IMENSO VAZIO DEIXADO POR ELE ??
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