quinta-feira, 22 de fevereiro de 2018

GUILHERME UCHÔA É A PRIMEIRA “BAIXA” NO GOVERNO DE PAULO CÂMARA

A decisão de o PDT integrar uma chapinha ao lado de Solidariedade, PP, PCdoB e talvez PSL já rendeu o primeiro problema para que o governo Paulo Câmara tenha que administrar. Amparado pelo conjunto da chapinha, que proibiu a entrada de quem tivesse mais de 50 mil votos numa resolução decidida no apartamento de Augusto Coutinho, o deputado federal Wolney Queiroz apresentou a situação ao presidente nacional do PDT, Carlos Lupi, e justificou o veto ao nome de Júnior Uchoa para ser candidato a deputado federal.
Esse movimento foi interpretado pelo presidente da Alepe, deputado Guilherme Uchoa, como algo que teve a anuência do PSB e do Palácio do Campo das Princesas, que recentemente deu céu, mar e terra ao PDT quando entregou a Wolney o comando da poderosa secretaria de Agricultura.
Diante do cenário posto, Guilherme esteve em Brasília para se reunir com Lupi, que comunicou a decisão tomada por Wolney. Junior Uchoa acompanhou a reunião. Na volta para a capital pernambucana, o presidente da Alepe, profundamente magoado com o PDT e com o PSB, anunciou que no dia 3 de março estará oficializando a sua desfiliação do partido por onde militou por duas décadas. Seu filho, que é filiado ao PSB, também sairá do partido do governador.
O presidente interpretou que o governo quis forçar a barra para que Júnior ficasse no PSB, o que na ótica dele poderia até ocorrer, desde que houvesse um convencimento com argumentos justos. Ficou parecendo que o governo estaria querendo amarrar os dois no partido para não haver perigo de rompimento.
Este fato, por se tratar de um relevante ator da política pernambucana, uma vez que Guilherme tem controle quase que absoluto da Alepe, e grande interlocução com o poder judiciário, pois já exerceu os cargos de juiz e desembargador, poderá ter um impacto significativo na eleição de outubro, uma vez que ele pode exercer uma espécie de fiel da balança no processo eleitoral.

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