A sessão ordinária da Câmara Municipal de Cupira desta
segunda-feira (06) deu o que falar. Era para ser uma reunião rápida, convocada
apenas para segunda votação do projeto de lei 111/2017, que trata sobre alteração
na lei complementar, referente ao Imposto Sobre Serviços (ISS).
O projeto visava adequar à legislação municipal a
alteração federal, a qual define que, a partir de 2018, os valores arrecadados
com alguns impostos fiquem nos municípios e não mais sejam deslocados para as
cidades onde as empresas prestadoras de tais serviços tem sede. Como nos casos
de planos de saúde e cartões de credito, por exemplo.
A polêmica toda se deu porque a Prefeitura encaminhou o
projeto às pressas. A sessão estava marcada para começar às 19h, esse mesmo
projeto já teria sido em primeira votação reprovado. Isso porque precisou ser
devolvido ao Executivo para ajustar erros no texto ainda no final do mês (outubro).
Por conta disso, de não terem tido tempo de conferir os ajustes
no texto, os vereadores Zélia Parteira (PMDB), Nai do Farelo (PSB), David
Amorim (PTC) e Ailton da Boa Vista (PRB) anunciaram que iriam votar contra.
David Amorim, inclusive, chegou a pedir desculpa a população por votar a favor
do projeto encaminhado pelo executivo que será cobrado taxas do cemitério.
“Eu queria dizer a população cupirense que esse projeto não
é só cobrar cartão de credito. Mesmo eles copiando o texto da lei federal,
houve cinco emendas que substituíram o mesmo texto. Analisando
o portal da transparência encontrei funcionários recebendo em casa sem trabalhar para manter a base.
Como é que vamos aprovar um projeto que pode ter um erro dessa envergadura. Além
disso, o prefeito já recebeu mais de R$ 41.540,00” em diarias, frisou ele.
O vereador Adjailson José (PDT), o Bonequinho, disse na
tribuna que o projeto é muito importante, iria votar a favor porque confiava na
comissão responsável pelo parecer. Principalmente no prefeito, José Maria Leite
de Macedo (DEM).
“Existe um direito do município de auferir esses impostos
que iriam para outros municípios e agora vão cair no cofre de Cupira”, disse
Bonequinho, afirmando que a alteração deve render aos cofres da Prefeitura em
torno de R$ 1 milhão ao ano.
A discussão do projeto gerou atritos entre vereadores. Clima
de farpas entre o presidente da Câmara Ricacio Enfermeiro (PR) com Bena Junior
e Nai do Faralo(PSB), bem como de Ailton da Boa vista (PRB) e Bonequinho. A crítica
em cima dos projetos.
Apesar disso, o projeto de lei foi reprovado.
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