O consumo de eletricidade no País apresenta um
aumento de 2,4% em outubro, em relação a igual período do ano passado, segundo
dados preliminares de medição coletados entre os dias 1º e 24 deste mês e
divulgados nesta quinta-feira, 26, pela Câmara de Comercialização de Energia
Elétrica (CCEE).
Conforme a entidade, no período, o consumo de energia no Sistema
Interligado Nacional (SIN) somou 61.268 MW médios. No Ambiente de Contratação
Livre (ACL), no qual as empresas compram energia diretamente dos fornecedores,
a CCEE aponta elevação de 9,8% no consumo, índice que já leva em conta as novas
cargas de consumidores vindas do mercado cativo (ACR). Desconsiderando a
migração dessas cargas, o mercado livre teria retração de 3% no consumo.
Já a
energia consumida no Ambiente de Contratação Regulado (ACR), no qual os
consumidores são atendidos pelas distribuidoras, ficou praticamente estável
(-0,3%), índice que reflete a migração de consumidores para o mercado livre
(ACL). Desconsiderando a migração, haveria uma alta de 4,5%.
Dentre
os ramos da indústria avaliados pela CCEE, incluindo dados de autoprodutores,
varejistas, consumidores livres e especiais, os setores de veículos (+8,1%),
saneamento (+3,9%) e têxtil (+2,9%) registraram alta no consumo, mesmo quando a
migração é desconsiderada. Os maiores índices de retração, nesse mesmo cenário,
pertencem aos segmentos químico (-6,6%), de bebidas (-5,4%) e extração de
minerais metálicos (-4,6%).
A
CCEE também divulgou dados referentes à geração de energia elétrica, que cresceu
1,8% de 1º a 24 de outubro, ante igual etapa do ano passado, totalizando 62.957
MW médios. Conforme a câmara, o crescimento foi impulsionado pela maior
produção termelétrica, que registrou alta de 24,4%, e pelo aumento da geração
eólica, de 34,6%. A geração hidráulica, por sua vez, recuou 10%, considerando
grandes e pequenas Centrais Hidrelétricas, reflexo do cenário hidrológico
adverso e do baixo nível de armazenamento de água nos reservatórios das usinas.
Conforme
o boletim da CCEE, as usinas integrantes do Mecanismo de Realocação de Energia
(MRE), espécie de condomínio das hidrelétricas que compartilha o risco
hidrológico, devem gerar em outubro o equivalente a 62,5% de suas garantias
físicas, ou 37.784 MW médios em energia elétrica.
Nenhum comentário:
Postar um comentário