Agora no PMDB, o senador Fernando Bezerra Coelho ficou à
vontade para criticar publicamente, em entrevista à Rádio Jornal nesta
sexta-feira (8) o governador Paulo Câmara (PSB), a quem vai fazer oposição nas
eleições de 2018. Articulando a frente de oposição que havia anunciado com os
quatro ministros e o colega de Congresso Armando Monteiro Neto (PTB), foi
colocado pelo presidente nacional do partido, Romero Jucá, como o candidato
contra o governador, que vai tentar reeleição.
Na entrevista, porém, fez coro às conversas de bastidores
e defendeu o nome do filho, o ministro Fernando Filho (Minas e Energia) como
alternativa. “Ele é um quadro muito promissor pelo trabalho que vem
desenvolvendo à frente do ministério”, justificou.
O senador lembrou que o rompimento com o governador,
também vice-presidente do PSB, não vem de agora e enfatizou que ele foi contra
a nomeação de Fernando Filho para o ministério e colocou a candidatura de Tadeu
Alencar (PE) para a liderança na Câmara, que acabou derrotado por Tereza
Cristina (MS), outro nome divergente procurado. “Não teve ninguém que desejasse
mais participar do governo Paulo Câmara do que eu. E isso não se deu no início,
no meio”, disse. “Foi uma série de atitudes tomadas pelo governador, pelo
PSB e por nós.”
Fernando Bezerra Coelho disse que a situação econômica do
Estado não é positiva e criticou também a crescente violência, o que deve ser a
pauta das eleições. “O processo que desejamos implementar no PMDB de
Pernambuco com apoio da executiva nacional é preparar o partido para eleições
majoritárias”, afirmou. A articulação faz parte de um plano nacional para
tentar montar bases para uma candidatura própria à presidência em 2022.
A filiação de FBC provocou atrito no PMDB local,
tradicionalmente comandado pelo deputado federal Jarbas Vasconcelos, aliado de
Paulo Câmara. Com o Fernando à frente do partido, ele teria a candidatura ao
Senado.
Ele não adiantou como seria a acomodação dos outros nomes
do palanque de oposição já lançado para 2018, mas disse que outros partidos –
além de DEM, PSDB E PTB – já estão sendo procurados, inclusive aqueles que
estão na base de Paulo Câmara. A expectativa é de que a frente esteja definida
até março do ano que vem. “Essa frente política que está em construção, além de
apresentar as melhores propostas, vai apresentar os melhores quadros”,
defendeu.
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