O governador de Pernambuco, Paulo Câmara (PSB), relatou, ontem, durante a abertura do 4º Congresso da Amupe, no Centro de Convenções, as dificuldades de governar no período que ele considera como "a maior crise de todos os tempos". O socialista afirmou que "não está fácil para ninguém" e que a receita do estado "parou no tempo". Segundo ele, o estado tinha crescimento acima da média do Brasil até 2014, mas perdeu 151 mil postos de trabalho com a crise.
"Tivemos que ajustar a máquina, pois 2015 foi um ano muito duro, 2016 mais duro que 2015 e 2017 ainda está aberto. Não sabemos como vamos terminar", comentou. No entanto, Paulo Câmara destacou a necessidade de não deixar o estado e as cidades sem serviços, sobretudo os básicos.
"Em nenhum momento fizemos corte na educação, que é a agenda do futuro e que vai determinar as próximas décadas. Neste momento, são fundamentais momentos como este (da Amupe) para discutir nosso futuro e o planejamento das nossas cidades. A gente sonha com cidades sustentáveis, o que passa por gestão e também pela polícia. Pernambuco tem a tradição de fazer política com p maiúsculo", disse o gestor.
O governador quer superar este ano a marca de R$ 1 bilhão em investimentos, em parceria com os municípios. Câmara pontuou o anúncio de mais de R$ 800 milhões de investimentos nas dez regiões onde esteve no Pernambuco em Ação. "Vamos completar mais de R$ 1 bilhão em investimentos com as visitas em mais duas regiões (Agreste Central e Região Metropolitana). Isso serve para que a gente tenha, até o final de 2018, a condição de continuar investindo, principalmente naquilo que é prioridade e pode ajudar a melhorar a vida das pessoas", observou.
Para uma plateia de dezenas de prefeitos, em ano pré-eleitoral, o governador enfatizou que Pernambuco seguirá com o repasse de recursos do Fundo de Apoio ao Desenvolvimento Municipal (FEM). "A gente tem um desafio muito grande, mas vamos fazer juntos. Vamos continuar as obras do FEM e iniciar o FEM 3."
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