O Tribunal de Contas de
Pernambuco divulgou nesta terça-feira (7) um levantamento sobre a situação da
destinação dos resíduos sólidos domésticos por parte das prefeituras municipais
do Estado.
O estudo mostra que dos 184 municípios de Pernambuco, apenas 33 (17,9%)
utilizam corretamente aterros sanitários para colocação do lixo. A maioria, ou
seja, 128 cidades (68,5%), ainda despeja a sujeira em lixões a céu aberto, numa
conduta bastante lesiva ao meio ambiente. Os outros 23 municípios (13,6%) encontram-se
em uma situação intermediária, depositando os resíduos em aterros que não
atendem por completo às exigências legais e ambientalmente adequadas.
O quadro não apresenta evolução significativa comparado aos resultados obtidos
nos anos de 2014 e 2015, tanto em número de municípios, quanto em quantidade de
lixo destinada de forma ambientalmente adequada. Em 2015, 129 municípios
(70,1%) despejavam os resíduos em lixões, praticamente o mesmo percentual
registrado em 2016.
O estudo, feito pelo Núcleo de Engenharia do TCE, tomou por base dados das
inspeções realizadas entre janeiro e dezembro de 2016 pela equipe técnica, bem
como informações fornecidas pela CPRH (Agência Estadual de Meio Ambiente).
“A situação salta aos
olhos quando se conclui que mais de 4 mil toneladas de dejetos ainda são
lançadas em lixões a céu aberto todos os dias em Pernambuco”, afirmou Pedro
Teixeira, auditor responsável pela elaboração do estudo.
A grande quantidade de
lixo despejada em locais inadequados, além de contaminar solos, lençóis
freáticos, reservas de água potável e o ar que respiramos, através do chorume e
dos gases tóxicos produzidos pela decomposição do material, pode causar riscos
à saúde humana, provocar a mortandade de animais e a destruição significativa
da flora.
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