Equiipes do Procon de Pernambuco (Procon-PE) deflagraram,
nesta segunda-feira (13), fiscalizações em instituições bancárias de 57 cidades
do estado que foram fechadas depois de ser alvo de assaltantes e de gangues
especializadas em explosão de caixas eletrônicos. Até sexta-feira (17), os
fiscais do órgão de defesa do consumidor vão investigar se as empresas
cumpriram o prazo de cinco dias dado pelo governo pernambucano para a
reabertura de unidades do Banco do Brasil, Bradesco, Santander, Caixa Econômica
Federal e Itaú.
De acordo com o gerente de fiscalização do Procon-PE,
Roberto Campos, quatro equipes, com quatro fiscais cada, vão participar da
ação. As agências ficam em todas as regiões do estado: Grande Recife, Zona da
Mata, Agreste e Sertão. Um levantamento feito pelo Sindicato dos Bancários,
divulgado no iníco deste ano, revelou que 30,4% dos municípios pernambucanos sofreram
algum tipo de investida criminosa em 2016.
Durante as ações, os fiscais vão investigar também se
existem alternativas para os clientes do bancos, em caso de agências
permanecerem fechadas mesmo depois da ação do Procon-PE. “Queremos saber se as
pessoas podem contar com Correios e casas lotéricas. Há informações de
desasistência total em algumas cidades”, observa Campos.
Segundo ele, o serviço bancário e considerado essencial e
não pode ser interrompido por causa de violência praticada por terceiros. Caso
as instituições insistam em manter unidades fechadas, o Procon-PE estuda novas
medidas, além de cobrar a multa de R$ 100 mil por dia. Essa punição está
valendo a partir desta segunda.
“Podemos aplicar uma multa de até R$ 7 milhões. Os bancos
também podem ser punidos com perda de licença ou suspensão temporária”,
comenrta. Para Campos, as pessoas não podem ser prejudicadas em suas cidades e
muito menos ter que se deslocar para outros municípios para fazer transações
bancárias.
“Mutos prefeitos têm reclamado da saída de dinheiro das
cidades. As pessoas não conseguem sacar nem fazer pagamentos e vão gastar
dinheiro em outros locais, atingindo toda uma cadeia produtiva”, diz o gerente
de fiscalização.
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