A argumentação sustenta que não é a primeira vez que a situação acontece, posto que em vários momentos saíram reportagens na imprensa com declarações infelizes do presidente. “Tal prática não é novidade, já que o Sr. Jair Bolsonaro costuma, sempre que possível, utilizar expressões e termos depreciativos ao se referir aos nordestinos”, justifica o parlamentar Clodoaldo Magalhães.
A ação relembra que há uma semana, durante uma live presidencial, ele questionou seus assessores de não saberem dizer de qual cidade é Padre Cícero. “Cheio de pau de arara aqui e não sabem”, disse o presidente. Ainda destaca que em julho de 2919, já no exercício da Presidência da República, Bolsonaro se referiu aos governadores do Nordeste como “Paraíbas”. “Dentre aqueles governadores da ‘paraiba’, o pior é o do Maranhão. Não tem que ter nada com esse cara”, disse, à época.
Para Clodoaldo, a maneira pejorativa como ele fala tem o intuito de diminuir e caricaturar o povo da região. “Tais manifestações xenofóbicas contra os nordestinos reiteram-se diariamente por meio de jargões e tratamentos desrespeitosos implícitos ou travestidos de ‘humor’, como, por exemplo, ‘aquele paraiba’ - de forma pejorativa de referir-se ao nordestino em geral, independentemente do estado a que pertença”.
Ontem, durante sua passagem por Pernambuco, o presidente voltou a xingar e desrespeitar o Nordeste, e tentou se justificar alegando que “costuma utilizar os termos “cabra da peste”, “pau de arara”, “arataca” e “cabeçudo” também, com o mesmo objetivo.
A ação conclui que tais falas e até gestos praticados, principalmente, por personalidades públicas induzem e incitam práticas semelhantes. Portanto,, “estamos diante de nítida agressão aos valores sociais e culturais presentes na nação e na nossa constituição, não devendo ser tolerado qualquer forma de discriminação e preconceito”. E conclui que Bolsonaro faz apologia ao racismo e discriminação contra minorias, cometendo crimes de injúria e racial.
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