O senador Humberto Costa (PT) reagiu contra a união entre
Marília Arraes (PT) e Silvio Costa (Avante), para fortalecimento da
pré-candidatura da petista ao governo estadual. Segundo ele, ao longo de seus
38 anos de militância no partido, jamais alguém tomou este tipo de atitude, mas
isso "não muda nada". Por isso, na sua opinião, a iniciativa
demonstra “ansiedade” ou até mesmo “falta de conhecimento de como o PT trabalha
e atua”.
De
acordo com Humberto, o gesto de Marília “não muda nada com relação ao debate
feito pela direção nacional do PT”. “Eu entendo que esse ato de hoje não é uma articulação ou
organização que reflita alguma discussão partidária. Foi de caráter pessoal da
parte dela e não foi debatido com o presidente do partido ou com a direção
nacional. Inclusive estou no PT há 38 anos e nunca
vi uma coisa como essa, de alguém lançar uma candidatura já com espaço para
senador, sem que isso tenha passado por um debate no partido”, colocou Humberto.
Durante a coletiva que anunciou a
pré-candidatura de Silvio Costa para o Senado, Marília chegou a dizer que
espera ansiosamente a confirmação de Humberto para a outra vaga à Casa Alta,
pois ele é “o senador de Lula e o povo reconhece nele esse papel”. “Humberto
não precisa do PSB para se eleger”, colocou a petista, que critica a
articulação de uma possível aliança da sigla com o governador Paulo Câmara
(PSB). “Gostaria que o senador Humberto Costa estivesse aqui e sem dúvida, na
minha opinião como política e militante do PT, é que o senador da nossa chapa,
além de Silvio Costa, deve ser ele. Tenho certeza que ele será novamente
senador”, acrescentou.
Questionado sobre
esse aceno, Humberto destacou que será, de fato, candidato à reeleição como
senador e que está “lutando para isso”. “Mas nem por isso saio por aí
anunciando coisas sem o aval do partido. O projeto está sendo coordenado com a
nacional, que discute a política de alianças. Só depois vamos discutir as
questões locais. Como vou discutir com Avante se
não sei se o partido vai estar aliado nacionalmente com o PT? Talvez tenha sido
ansiedade ou pouco conhecimento de como o PT trabalha e atua”.
Agendas
A decisão sobre a
tese de candidatura própria do PT deve ser tomada na primeira quinzena de
julho, pela direção nacional. Daqui para lá, Marília e Silvio irão passar a
fazer agendas juntos. Inclusive, os dois estão programando viagens para
intensificar as articulações eleitorais, durante as festividades juninas.
Nenhum comentário:
Postar um comentário