quarta-feira, 1 de novembro de 2017

'Humilhada,violada,espancada':mulher denuncia companheiro

Uma postagem que chama atenção no Facebook. Nela, uma mulher cheia de marcas de agressão no rosto e como ela mesma descreve “humilhada, violada, espancada”. Luiza Carvalho utilizou a sua rede social para denunciar as agressões cometidas pelo companheiro, com o qual viveu um relacionamento de seis anos. 
A vítima conversou com o LeiaJá e explicou que o caso aconteceu no sábado (28), após o casal ter ido a um show realizado no Recife Antigo. “Pela manhã estava tudo bem. Ele disse que me amava e resolvemos ir ao show mesmo estando apertados financeiramente. Mas quando saímos ele estava mais distante. Quando chegamos lá ele não me abraçava nem parecíamos um casal”, detalhou, afirmando que eles viviam uma má fase no relacionamento. 
Ela continuou contando que dois amigos do companheiro e uma moça se encontraram com eles em meio à festa e todos se retiraram do local onde estavam, deixando as duas mulheres sozinhas. “Fiquei chateada e quando o show acabou fui ao banheiro e quando eu saí ele estava me esperando. Eu dei dois tapas no braço dele como forma de advertí-lo, 'agradeci' pela palhaçada, disse que o nosso casamento tinha chegado ao fim e avisei que estava indo embora”. Luiza conta que pegou um táxi, seguiu para casa e chegou lá às 2h30, porém, o marido chegou por volta das 4h30 – como informou a portaria – e já foi logo agredindo a companheira. 
“Eu não lembro do momento exato que ele chegou. Eu estava no sofá da sala e só me lembro de pedir desculpas por não tê-lo esperado, nisso eu já estava apanhando. Ele dizia que não era palhaço, que ficou lá me procurando e que os amigos dele me viram com o taxista. Ele estava transtornado achando que eu o tinha traído. Eu corri para o quarto tentei segurar a porta e gritei por socorro, mas em vão. Ele entrou e me bateu ainda mais por eu ter pedido socorro. Eu senti tanta dor ao ponto de urinar no chão”, detalhou Luiza.
Ainda, como forma de se livrar das agressões, ela contou que “como vi que ele não pararia, eu me ajoelhei e pedi perdão. Disse que ele estava certo e que eu merecia tudo aquilo. Foi quando ele foi acalmando. Fiz isso porque achei que fosse morrer e permiti que ele fizesse tudo o que quisesse para não apanhar mais”. A vítima contou que ele nunca havia sido agressivo antes, mas já ouviu o companheiro pronunciando frases como “se você me trair...”. 
Ela contou ter esperado ele dormir, vestiu uma camisola, afastou a cômoda que estava bloqueando a porta e fugiu para a portaria. Lá o porteiro ligou para a sua família e a polícia. “Quando os policiais chegaram, perguntaram se eu tinha certeza que queria que eles subissem, pq se ele fosse pego iria para o Cotel. Disseram que seria melhor eu esperar meus pais e a mãe dele. Eu estava sentindo muita dor e só queria sair dali. Nisso os policiais foram embora e disseram que qualquer coisa eu chamasse outra viatura. De lá fui para a delegacia da mulher, em Santo Amaro, e o agente aconselhou que eu fosse para o hospital primeiro. Fiz uma tomografia computadorizada do crânio e exames ginecológicos, recebi medicação para dor e quando tive alta voltei para a delegacia”. 
Luiza prestou queixa e realizou exame de corpo de delito no Instituto Médico Legal (IML). Ela contou ainda que está sob medida protetiva temporária, mas o companheiro ainda não se apresentou à polícia e não tem prisão preventiva decretada contra ele. Seu paradeiro é desconhecido e o flagrante já foi livrado. Apesar de estar em choque com a agressão, ela detalha: “Eu não quero que ninguém sofra retaliações. Só existe um culpado nessa história”, apontando a isenção de culpa dos familiares do rapaz.

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