A pré-candidata a governadora pelo PT, Marília Arraes,
não gostou nada da ideia de que seu nome pode ser rifado da corrida ao Palácio
das Princesas, pelo seu próprio partido em troca de um apoio nacional da
legenda socialista a uma provável candidatura de Lula. Para Marília, seu nome
vinha tomando forma no estado justamente porque ela combateu o PSB, partido que
segundo a mesma apoiou o golpe de 2016. Ora, mas Lula mandou que se perdoassem
os golpistas.
A vereadora recifense parece viver no mundo da lua quando o assunto é politica.
Acha que tudo gira em torno de suas ideias e ainda guarda dentro de si uma
mágoa do ex-governador Eduardo Campos de não ter sido indicada para uma das
cadeiras na disputa de deputado federal. Hoje, Marília pensa seriamente em mudar
de legenda caso o PT venha a apoiar o PSB. Por um só motivo: Não existe espaço
para Marília e o PSB num mesmo ambiente.
E qual seria o caminho natural de Marília, caso ela abandonasse o PT? O
mesmo dos demais: PSOL. Psol abriga inúmeros petistas insatisfeitos com o jeito
que o partido está sendo conduzido. Marília pode se somar e ser mais uma. Motivo
para se justificar do distanciamento do partido não lhe falta:
Principalmente a entrega de sua candidatura de mão beijada ao PSB. O PT, na
verdade, não está pensando em fazer o governador, está pensando em fazer
deputados estaduais, e federais e se possível, reeleger Humberto Costa Senador
da República.
No entanto, caso Marília venha a ser candidata a governador pelo PSOL, será
que continuaria a ter o mesmo brilho que tem hoje no PT? Tudo mudaria nos
seus planos, a começar o candidato a presidente da república que não seria mais
Lula, e sim o candidato do PSOL que provavelmente deve ser Luciana Genro. A
perder, Marília não tem nada, mesmo que venha a mudar de partido.
Principalmente se vier a disputar uma cadeira na Câmara Federal, para ela,
seria muito mais confortável pelo PSOL do que no PT ao lado do PSB, partido
combatido por Marília desde 2014.
Se vai ou não haver mudança é de se aguardar, no entanto, que a vereadora
recifense não gostou nada do que leu, ela não gostou mesmo. E vai chegar uma
hora em quem o próprio PT irá se enfrentar internamente. E é justamente este
debate interno que Marília está esperando para tomar uma decisão: Se fica no
partido e abraça o consolo de uma cadeira na Câmara Federal, ou se muda e
enfrenta com a cara e a coragem o PSB e os aliados de Temer.
Fonte: Silvinho
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