De acordo com a jornalista
e colunista da Folha de Pernambuco, Renata Bezerra de Melo, o martelo foi
batido após longo período de conversas e a posse está marcada para a
quinta-feira (28), quando o PDT passará a comandar a Secretaria de Agricultura
do Estado, hoje na cota do PSB. Já houve, inclusive, reunião de transição na
pasta. No início de agosto, o presidente nacional do PDT, Carlos Lupi, em
entrevista a esta colunista, chegou a registrar que a “intenção” dos
pedetistas, para 2018, era lançar José Queiroz candidato a governador.
Em 2014, Queiroz chegou a perder o comando
do PDT-PE, ao decidir se manter na aliança com Paulo Câmara, enquanto Lupi
interviu no diretório estadual e levou o partido para uma composição com
Armando Monteiro Neto. Herdeiro político de José Queiroz e atual presidente do
PDT-PE, Wolney Queiroz chegou a fazer campanha para deputado federal sem acesso
ao tempo de TV. De lá para cá, o desconforto vinha crescente com a ausência de
acenos da gestão Paulo Câmara.
Agora, a construção coloca o PDT no
primeiro escalão, mas o movimento chega em cima da hora, quando falta um ano só
para a eleição. A despeito do imbróglio que dividiu o partido em 2014,
pedetistas costumam lembrar que Paulo teve mais de 70% dos votos em Caruaru. Ao
cogitar lançar Queiroz para governador, Lupi ponderou que uma eventual aliança
nacional poderia também levar o ex-prefeito a disputar o Senado.
E projetou: “Se a aliança com o PSB não
acontece, podemos nos aliar ao PCdoB e ao PTB e ter o apoio deles. Agora, o
José Queiroz vai ser candidato na majoritária, como governador ou senador”. A
ida do PDT para Agricultura obedece essa lógica, embora não seja possível
cravar uma candidatura majoritária de Queiroz com um ano de antecedência. Até
então, a Secretaria de Agricultura era comandada por Nilton Mota, que é
deputado estadual licenciado.
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