O Ministério Público de Pernambuco reuniu prefeitos e
gestores de municípios atingidos pelas chuvas nesta quarta-feira (8) em
Palmares, na Mata Sul de Pernambuco. O procurador-geral de Justiça Francisco
Dirceu Barros fez um alerta sobre a situação de emergência e disse que a mesma
não é um salvo conduto para o gasto desenfreado de dinheiro público.
Ele ainda chamou atenção para a
realização de festejos juninos com as cidades que tiveram decretadas situação
de emergência. O MPPE recomendou aos prefeitos que cancelem as festividades
juninas programadas.
"Não faz o menor sentido um
município solicitar recursos federais e estaduais, ter centenas de pessoas
desalojadas e realizar festa. Sabemos que é uma tradição, mas o MPPE recomenda
que seja cancelada. Caso contrário, vamos pedir explicações sobre o dinheiro
utilizado”, disse Francisco Dirceu Barros , em encontro articulado com a
Associação Municipalista de Pernambuco (Amupe).
“Fomos mais uma vez atingidos por
essa tragédia, como em 2010. Estamos nos dedicando tanto a sanar esses danos
causados pela enchente que não seria responsável fazer um gasto com festa”,
afirmou o prefeito de São Benedito do Sul (Mata Sul), Júnior Amorim. “É uma
questão de bom senso”, complementou o procurador-geral de Justiça.
Tendo atuado como promotor de
Justiça em Correntes, na Mata Sul, na ocasião da enchente de 2010, o
procurador-geral afirmou que muitas irregularidades foram apuradas durante o
processo de distribuição de donativos e na concessão de casas para as famílias
que perderam os lares.
“Queremos evitar que, ao fim da
situação de emergência, tenhamos que correr atrás dos danos ao erário. Não
queremos travar a administração nem governar os municípios, mas sim prevenir
que malfeitos ocorram”, destacou.
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