terça-feira, 18 de outubro de 2016

Barreiros-PE: Derrotado nas urnas, prefeito reduz serviços públicos de educação e saúde

A cidade de Barreiros, na Mata Sul de Pernambuco e com 40 mil habitantes, passa por uma situação inusitada desde o resultado das eleições deste ano no município. Serviços de saúde, educação e coleta de lixo deixaram de ser oferecidos à população. Segundo moradores do local, o motivo é a não reeleição do prefeito Carlos Artur Soares (PSB). 
Na educação, os professores da rede municipal estão em greve desde a segunda semana de outubro devido à falta de pagamento dos salários. “Paga um mês, ficam dois. Paga um mês, ficam três. Isso não é bom para a educação do município. Nós estamos em greve, fizemos uma reunião e decidimos só voltar quando ele [o prefeito] resolver a situação do pagamento dos professores”, conta o professor Flávio Luna.
Os problemas se estendem para a saúde. O Hospital Municipal de Barreiros teve o ambulatório fechado, com isso o atendimento acontece apenas na emergência. A Policlínica Graziele Mesquita, no Centro, não está mais funcionando. Além disso, faltam médicos e remédios nos postos de saúde. “Houve uma demissão muito grande dos médicos no hospital municipal. Como não funciona mais o ambulatório, ele [o prefeito] teve que fazer esse corte”, afirma a funcionária pública Jussara Passos.
Outra queixa dos moradores é em relação à coleta do lixo na cidade. “Não tem dia certo. Ele passa e depois tem dois, três dias para passar e está tudo abandonado”, diz o comerciante Maurílio da Silva. No bairro Maria Amália, os moradores precisam conviver com o lixo acumulado e o consequente mau-cheiro. Animais espalham o lixo ao lado de um posto de saúde. “A cidade toda é só lixo”, relata o motorista Cassiano Urbano.
O prefeito Carlos Artur Soares argumenta que precisa diminuir os gastos da Prefeitura de Barreiros até o fim do mandato. “Para economizar, nós temos que entregar as contas zeradas, pois a Lei de Responsabilidade Fiscal é bem clara e tivemos que economizar em vários aspectos, não só na saúde, mas em vários setores. Teve a demissão de funcionários porque temos quer espeitar a Lei de Responsabilidade Fiscal”, explica.

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