O ex-governador João Lyra (PSDB) concedeu uma entrevista ao Diario de Pernambuco nessa segunda-feira (04/4). No texto ele revela que ainda não diferiu bem a história da decisão do PSB em retirar o apoio a pré-candidatura de Raquel Lyra, em detrimento da aliança com o PDT e consequente apoio ao vice-prefeito Jorge Gomes (PSB). Em parte da entrevista ele explicou como se deu a ida para o PSDB.
“No dia 15 de março ele (Raquel) foi convidada para uma reunião com Sileno Guedes, André Campos e José Neto, quando foi comunicada que não seria mais candidata. Depois, ela esteve com Paulo Câmara e ele ratificou essa posição inexplicavelmente, porque, se ela para tirá-la, não teria porque dar a Comissão Provisória a ela. Eu sequer fui comunicado. Não recebi nenhum telefonema de nenhuma liderança política e nem partidária. Eles imaginaram, pensaram, fizeram um ato agressivo e nós, imediatamente, viajamos para Brasília. Eu já tinha mantido contato anterior com Aécio Neves, com Alckmin, as lideranças nacionais, dizendo que nossa decisão era ficar no PSB e teríamos uma relação política com o PSDB, mas essa decisão deles nos obrigou a buscar uma alternativa e essa alternativa seria e foi o PSDB”, disse.
Em outro trecho da entrevista o ex-governador disse que o Brasil segue sem governabilidade e defendeu a atuação do Juiz Sérgio Moro, principalmente no que diz respeito a divulgação das gravações entre a presidente Dilma e o ex-presidente Lula. “…O Juiz Moro tinha as prerrogativas legais para autorizar ou não a divulgação. Eu concordo com a divulgação, a sociedade brasileira precisa ter conhecimento de algumas conversas não republicanas de autoridades, de pessoas da maior representatividade, e o Sérgio Moro iniciou um novo processo. Evidentemente que muita gente está estranhando, mas o teor é tão inescrupuloso… É mais forte o teor das conversas do que a decisão de divulgação…”. Disse.
A entrevista completa na edição dessa segunda-feira do Diario de Pernambuco.
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